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Projetos Sociais   

ERRADICANDO O PÉ TORTO NO BRASIL

Categoria: Saúde
Cidade: Brasília

Clube(s): RC São Paulo Sudeste

Resumo: EDUCAÇÃO MÉDICA NO TRATAMENTO DE PÉ TORTO CONGENITO PELO MÉTODO PONSETI: UMA PARCERIA ENTRE OS ORTOPEDISTAS DA PONSETI BRASIL E COM ROTARY CLUBS

Data: 08/10/2017
Financiamento: Subsídio Global
Comunidade Atendida: crianças com pé torto
Parceiros: Grupo Ponseti Brasil, Rotary International, RCSP-Sudeste, RC de Santo André, RC Iowa

Nos dias 4 a 8 de outubro de 2017, os médicos ortopedistas da Ponseti Brasil contaram com a ajuda dos colegas do Sarah Kubitchek (sob a coordenação do Dr. Gleiser Lemos) e do Hospital de Base, ( coordenados pelo Dr. Davi Haje e Dr. Jorge Silva) para a quarta fase do Programa Erradicando o Pé Torto no Brasil, realizados pelo grupo Ponseti Brasil, apoiado pelo Rotary International. Esse projeto objetiva 
a implantação de uma rede de 50 clínicas de referência no tratamento do pé torto, uma deformidade ortopédica frequente, com 1 caso a cada mil crianças nascidas. Essa deformidade pode ser tratada pelo Método Ponseti, com manipulações e gessos por cerca de 5 a 7 semanas, uma pequena cirurgia no tendão de Achillis, e o uso de uma órtese para evitar a recidiva 
da deformidade. O tratamento proporciona pés com aspecto 
estético e função muito próximos da normalidade. 
O grupo da Ponseti Brasil, formado por Ortopedistas dedicados à correta divulgação e aplicação do Método Ponseti para o tratamento do pé torto, fez, em 2007 e 2008, 21 cursos itinerantes, de dois dias e com o mesmo formato, sexta a tarde e sábado com aulas teóricas e workshop em modelos ósseos, e sábado com discussão de casos clínicos com a colaboração dos colegas de cada um dos locais que visitamos, pela SBOT 
regional de cada um. 
No total, 556 colegas ortopedistas zeram esse curso nas 21 edições por todo o pais. Incrível foi a interação, e divulgação do Método Ponseti, mas 
a realidade é que destes 556 colegas, apenas cerca de 40 tratam pé torto congênito hoje pelo Método Ponseti com bom treinamento, e muito pouca gente pelo SUS. Ao mesmo tempo, artigos atuais corroboram com nossa experiência no fato de que a melhor maneira de tratar pé torto congênito é tendo um período semanal só pra isso no SUS, assim o colega tem um volume adequado de atendimento, 
e os pais acabam tendo interações que aumentam o uso adequado da órtese, e assim o tratamento dá mais certo. Pensando nisso, no conceito 
de clínica de referência sus, foram criadas algumas clínicas com esse formato por todo o Brasil e como por exemplo a Laura Ferreira do Hospital Universitário da USP mostrou que as recidivas diminuem, e como artigos de Iowa, Saint Louis e chineses mostraram, o modelo da clínica de referência dedicada ao tratamento de pé torto uma vez por semana é o que melhor funciona. 
Ao mesmo tempo, com os resultados desse projeto inicial 2007 e 2008, concluímos que esse modelo de treinamento de cursos grandes e com dois dias não capacita os colegas a fazerem bem o Método Ponseti. O 
que estamos vendo é o aumento do número de pés complexos, (com inúmeros gessos, sem resultados runs muitas vezes decorrentes a aplicação de gessos sem os princípios adequados de correção). Um projeto americano de Iowa, com fundos do NIH (National Institute of Health) foi feito no Peru, na Nigéria e no Paquistão, mostrou que o modelo de treinamento médico baseado na mentoria seria 
o mais adequado para melhores resultados no tratamento do pé torto. 
Nesse modelo, um mentor e um treinando interagem por um tempo maior, 5 dias, atendendo crianças com pé torto em uma situação real de atendimento, com todas as questões e problemas do dia a dia – confecciona gessos, acompanha e discute os casos, criando um vínculo de mentor – aluno. 
Foi aí que sendo do Rotary, as Dras. Monica Nogueira do RCSP-Sudeste 
e a Dra. Tatiana Guerschman do RC de Santo André, junto com o Dr. José Morcuende em Iowa (ele também rotariano), escreveram um subsídio global, que é um recurso que o Rotary International tem para projetos como esse, de educação médica, que visa formar mais 50 clínicas de referência no tratamento do pé torto pelo Método Ponseti por todo o Brasil. Se elas funcionarem bem, acreditamos que em pouco tempo, essa rede 
possa receber adequadamente os 
pés tortos referenciados de todas as maternidades SUS no pais, e assim teremos uma solução adequada para esse problema ortopédico com relação a esse aspecto de saúde pública. Esse sucesso pode in uenciar para que tenhamos uma pressão social da 
parte dos pais para até melhorar o atendimento do pé torto no sistema de saúde suplementar, mas isso é para o futuro (melhores honorários, que 
o SUS os convênios venham a pagar órteses, etc.) 
A idéia do Rotary no projeto é que 
ele possa “adotar” cada clínica de referência, dando apoio institucional, e também podendo ajudar na formação de banco de órteses, em divulgação do trabalho das clínicas, e na mobilização da sociedade para que tudo funcione