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Imagem Pública - Artigo - Rotary e Política

O Relacionamento do Rotary com a Política

 
Os Rotary Clubs frequentemente tem contato com candidatos a prefeito e vereador, sendo muitas vezes os próprios rotarianos os candidatos. Mas alguns cuidados devem ser tomados no relacionamento com os políticos. 
 
Afinal, o Rotary deve ou não se envolver em política? 
 
Sim e não! E, para explicar isso, devemos começar distinguindo a diferença entre o candidato e o representante do poder público. Ambos são políticos, filiados a partidos, mas enquanto o candidato está buscando votos (mesmo que seja para reeleição), o representante do poder público (o vereador ou o prefeito) está representando um órgão oficial do governo (no caso a Câmara dos Vereadores e a Prefeitura, respectivamente).  
 
Efetivamente, os rotarianos devem evitar vínculos com os candidatos, enquanto precisam buscar aproximação com o poder público! 
 
O contato com os vereadores e prefeito, e outras autoridades como secretários municipais ou outras lideranças, é fundamental para o desenvolvimento de muitos projetos rotários - seja para que um projeto, caminhada ou evento possa acontecer em espaços públicos, ou para que o Rotary possa dar assistência à comunidade dentro de estruturas governamentais, como creches, bibliotecas, escolas ou hospitais públicos. A parceria entre o Rotary e o Poder Público amplifica o alcance de nossas atividades sociais, enquanto sem a proximidade e um bom relacionamento com essas autoridades as portas podem se fechar e muitos projetos podem ficar inviáveis, prejudicando a própria comunidade. Mas, esse relacionamento tem uma premissa básica, que é a imparcialidade. É preciso que o Rotary possa interagir com a autoridade que está no cargo, seja quem for, independente do partido ou corrente ideológica a qual este pertence. E, para que isso seja possível, é essencial que o Rotary seja neutro. 
 
Daí vem a restrição ao relacionamento com os candidatos. Se um Rotary Club, ou mesmo um rotariano representando o Rotary, assume uma posição pública a favor de um candidato ou partido, naturalmente estará perdendo a neutralidade, e potencialmente despertando uma resistência por parte de representantes do poder público ou candidatos que poderão ser eleitos e que façam parte de uma corrente política contrária.  
 
Assim, na prática, todo Rotary Club deve restringir a atividade política em suas reuniões, e não deve jamais ceder espaço para que sua tribuna seja usada como palanque. Às vezes é difícil resistir, pois nessa época a frequência das visitas dos candidatos aos clubes aumenta, mas é preciso garantir essa imparcialidade. Assim, o candidato visitante pode e deve ser recebido, como qualquer convidado seria, com toda a cortesia, até mesmo para que um bom relacionamento possa ser construído, mas sem que o clube ou qualquer um em nome do Rotary assuma uma posição pública de apoio a esse candidato.  
 
Isso significa que o rotariano não pode se envolver em política? É claro que pode, mesmo porque é um direito constitucional de todo cidadão. Mas deve fazê-lo individualmente, e nunca em nome do Rotary. O rotariano que for candidato a cargo público, filiado a um partido ou desejar apoiar um candidato, deve atuar fora do ambiente do clube, e jamais vinculando essa ação ao Rotary ou usando o nome do Rotary em sua atividade política. Também deve-se impedir que projetos rotários sejam usados de forma política.  
 
Um bom exemplo de relacionamento saudável e imparcial do Rotary com o poder público ocorreu recentemente, com a realização de nossa Convenção Internacional, em São Paulo. Cerca de 5 anos antes do evento, na fase de planejamento, o Rotary International tratou com o prefeito da época, que não só apoiou o evento como cedeu sem custo a infraestrutura básica para sua realização, o Pavilhão de Exposições do Anhembi. Mas, dois anos antes do evento ocorrer, um candidato de uma corrente política oposta foi eleito prefeito. E o que aconteceu? O mesmo apoio incondicional ao Rotary e ao evento, e a manutenção de todos os acordos efetuados com o prefeito anterior. E por que isso aconteceu? Porque o Rotary não tinha nenhum vínculo com nenhum dos lados, e desta forma, com base em seu portfólio e reconhecimento pelos serviços prestados à comunidade, manteve todas as portas abertas. Na abertura da convenção tivemos a oportunidade de contar com a presença tanto do Governador do Estado quanto do Prefeito, opositores entre si. Será que se a nossa organização tivesse vínculo com um dos lados, seria recebida pelo outro lado da mesma forma? 
 
E, claro, toda ação de rotarianos na política ou no relacionamento com o poder público deve ser sempre pautada em nosso código de ética, a Prova Quádrupla: 
 
Do que nós pensamos, dizemos ou fazemos:  
1) É a VERDADE?  
2) É JUSTO para todos os interessados?  
3) Criará BOA VONTADE e MELHORES AMIZADES?  
4) Será BENÉFICO para todos os interessados?
 
 
 
Marcelo Carvalho 
Presidente da Comissão de Imagem Pública do Distrito 4420